Havia um homem que tinha uma profunda comunhão com Deus, um daqueles que não se acham mais por aí. Amoroso, caridoso, cuidadoso, repleto de qualidades que satisfaziam o coração de Deus. Aplicado no trabalho do Senhor, um pregador incansável que pelas terras onde passava, obras maravilhosas aconteciam. Almas se convertiam a Deus, enfermos eram curados, os maiores eruditos se rendiam diante da sua sabedoria e em cada ponto de parada, a cada cidade, lugarejo ou aldeia cravava varonilmente a bandeira do evangelho de Jesus Cristo. Esteve encarcerado em prisões, açoitado sem medida; em perigo de morte muitas vezes; dos judeus cinco vezes recebeu quarenta açoites menos um.Três vezes foi açoitado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofreu naufrágio, em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, perseguido por Roma pagã, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. Este homem em determinado momento esteve enfermo, descrito por ele próprio como um “Espinho na Carne”, por três vezes orou a Deus a esse respeito pedindo-lhe a cura, e Deus lhe deu a seguinte resposta: “A minha graça te basta”, talvez uma resposta pouco satisfatória para quem espera desesperadamente pela cura.
Será que esse homem tinha crédito suficiente para pedir a sua cura? Será que alguém teria tamanho crédito diante de Deus? Porque este homem formidável não fora curado? Porque o justo sofre? E quando as coisas não acontecem...
Pergunta sem uma resposta plausível! Mas talvez o homem acima citado nos de um certo consolo. Bem próximo de sua morte, preso em Roma aguardava a sua execução e nos deixou escrito as seguintes palavras:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a FÉ”.
(Apostolo São Paulo)
Pr. Rodolfo
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